Você dorme bem? Veja como a qualidade do sono influencia sua vida!
- Jader Gonçalves
- 28 de nov. de 2023
- 4 min de leitura
Atualizado: 2 de fev. de 2024

Melhorar a qualidade do sono é essencial para promover o bem-estar físico e mental, pois, um sono adequado não apenas revitaliza o corpo, mais também, fortalece a capacidade cognitiva e emocional, acarretando em benefícios no ambiente de trabalho e na vida pessoal, além de ajudar a diminuir o estresse, e a irritabilidade.
Isso porque, noites mal dormidas, acarretam em fadiga, falta de concentração, o que além de atrapalhar o raciocínio e a tomada de decisões, impacta a criatividade, e aumenta os riscos de acidentes no ambiente de trabalho, domestico ou mesmo no trânsito.
Dormir bem é importante pois é a noite, enquanto descansamos, que nosso cérebro realiza sua própria rotina de cuidado, regeneração e eliminação de substâncias nocivas. Além do mais, nosso sistema imunológico agradece um bom descanso, pois através disto, se torna mais forte e combate melhor as infecções quando estamos com o sono regulado.
Dormir mal, colabora para a elevação dos riscos de desenvolver diversas doenças crônicas, por exemplo, problemas cardiovasculares, obesidade e diabetes. E não termina por aí, a persistente privação de sono pode aumentar a propensão de distúrbios psicológicos, tais como ansiedade, depressão e exaustão emocional.
Ter uma adesão a um horário de sono regular, que possa ser alinhado de maneira precisa ao ciclo circadiano, é de crucial importância para assegurar a qualidade do sono e prevenir distúrbios. O ritmo circadiano representa nosso intrincado relógio biológico interno que orquestra diversos processos fisiológicos em nosso organismo, como o ciclo sono/vigília.
Operando em um ciclo aproximado de 24 horas, esse sistema é sensível à influência da luz solar e da escuridão. A exposição à luz diurna estimula a liberação de hormônios como cortisol, que nos auxilia nas atividades, nos deixando mais despertos, regula o humor e motivação. Já à noite, é quando se inicia a produção de melatonina, hormônio que induz ao relaxamento e ao sono.
O sono está intrinsecamente vinculado à regulação hormonal do corpo, a falta de sono pode desequilibrar os hormônios responsáveis pelo controle do apetite, resultando em uma intensificação de desejos alimentares e um consequente aumento de peso. Por outro lado, a obtenção de uma qualidade de sono adequada auxilia na manutenção do equilíbrio desses hormônios, promovendo uma sensação de saciedade e contribuindo para a preservação de um peso saudável.
Ademais, os hormônios do sono desempenham um papel crucial na regulação do humor e do bem-estar emocional. A carência de sono interfere na produção de neurotransmissores associados ao prazer e à estabilidade emocional, fatores que podem contribuir para o surgimento de sintomas depressivos e ansiosos.
Embora não se estabeleça um horário único e universalmente ideal para o sono, especialistas recomendam que a faixa horária mais propícia para a maioria dos adultos seja entre 21h e 23h. Este período é destacado pelo início da produção de melatonina e pela preparação do corpo para o repouso.
Então, aqui estão algumas dicas que podem contribuir significativamente para uma noite de sono mais tranquila:
Rotina de sono consistente:
Estabelecer uma rotina de sono regular é crucial, independentemente de ser fim de semana ou não, tente acordar no mesmo horário. Isso ajuda a regular o monitoramento biológico interno e a melhorar a consistência do sono.
Ambiente ideal para dormir:
Certifique-se de que o ambiente onde você dorme seja confortável, escuro, silencioso e fresco, ter um colchão e travesseiros de qualidade ajuda a garantir o máximo conforto e relaxamento.
Nada de estimulantes antes de dormir:
Evite cafeína, nicotina e outros estimulantes pelo menos 4 a 6 horas antes de dormir. Essas substâncias podem interferir na qualidade do sono e dificultar o relaxamento.
Atividade física regular:
Já sabemos que à atividade física regular, pode ajudar a melhorar a qualidade do sono. No entanto, evite exercícios intensos próximos à hora de dormir, pois isso pode ter o efeito oposto, dê preferência a realização de exercícios pela manhã ou tarde.
Evitar refeições pesadas à noite:
Refeições pesadas antes de dormir podem causar desconforto e indigestão. Tente fazer refeições mais leves à noite e evite alimentos que possam causar azia.
Desconectar dispositivos eletrônicos:
Sempre que poder, se desconecte dos aparelhos eletrônicos ao menos uma hora antes de ir para cama, já que a luz azul que os mesmos emitem, interferem na produção da melatonina. Não se preocupe, se for urgente, alguém vai te ligar.
Práticas de relaxamento:
Estabeleça uma rotina de relaxamento antes de dormir. Isso pode incluir atividades como leitura, meditação, alongamento ou um banho quente. Essas práticas ajudam a relaxar a mente e preparar o corpo para o sono.
Controle do estresse:
Encontre maneiras de gerenciar o estresse, seja por meio da prática de técnicas de respiração, yoga ou outras atividades relaxantes, já que o estresse, é um dos fatores que podem impactar significativamente a qualidade do sono.
Limite de sonecas durante o dia:
Se sentir a necessidade de tirar uma soneca durante o dia, mantenha-a curta e evite sonecas tarde demais, pois isso pode interferir na hora de dormir.
Consulte um profissional:
Se problemas de sono persistirem, é aconselhável consultar um profissional de saúde, já que os distúrbios do sono podem ser multifatoriais.
Os Riscos da Automedicação:
Por último, más não menos importante, é crucial ressaltar que a automedicação, especialmente no que diz respeito a remédios para dormir, não é recomendada. A utilização inadequada desses medicamentos pode acarretar sérios riscos à saúde, podendo levar à dependência. Portanto, se você enfrenta dificuldades para dormir, é fundamental buscar a orientação de um profissional de saúde para receber a devida assistência.
Os riscos associados ao uso de medicamentos para dormir incluem:
1. Dependência: Muitos desses medicamentos podem ocasionar dependência física e psicológica quando utilizados por longos períodos ou em doses inadequadas.
2. Tolerância: Ao longo do tempo, o organismo pode desenvolver tolerância ao medicamento, resultando em uma diminuição da eficácia.
3. Efeitos Colaterais: Cada medicamento possui seus próprios efeitos colaterais, que podem incluir sonolência residual, tontura, boca seca, entre outros.
4. Riscos para Grupos Específicos: Determinados grupos, como idosos, gestantes e indivíduos com condições médicas preexistentes, podem apresentar um risco aumentado as substâncias ou mesmo aos efeitos colaterais dos medicamentos, agravando seu quadro de saúde.
5. Interações Medicamentosas: Medicamentos para dormir podem interagir com outras substâncias que já esteja sendo utilizada, o que pode ser perigoso.
Ao implementar essas práticas saudáveis, é possível criar um ambiente propício para o sono e melhorar a qualidade do mesmo, promovendo uma vida mais equilibrada e prazerosa.
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