Equilibre suas finanças e repense seus gastos este fim de ano.
- Jader Gonçalves
- 27 de nov. de 2023
- 3 min de leitura
Atualizado: 2 de fev. de 2024

Muitas vezes sem perceber, nossas escolhas financeiras são influenciadas por aspectos emocionais, desempenhando um papel significativo em nossas decisões sobre gastos e investimentos. Se considerarmos que o início do ano geralmente traz despesas adicionais, e até algumas fixas que já são esperadas, faz-se necessário refletir sobre esse padrão de comportamento.
As emoções, sendo uma das partes mais antigas e primordial da mente humana, muitas vezes nos deixam dúvidas diante de escolhas, como por exemplo adquirir itens de lazer ou economizar para obrigações importantes, como o IPVA, escola das crianças ou pagamento do financiamento do imóvel, a resposta pode até parece obvia, porém o impulso de viver o momento, justificado pelo ideal comum as redes sociais que nos diz “só se vive uma vez”, muitas vezes ofusca essa obviedade e prevalece sobre a ponderação racional.
Pode até parecer que não, más como diz a letra da musica, "Aí que mora o perigo, aí que eu caio lindo. Aí que eu sei das consequências, mesmo assim vou indo", acontece que muitas vezes o que nos motiva a tomar decisões é o lado emocional, e olha que quando vamos analisar, constatamos que sabíamos dos riscos e consequências, más preferimos apostar "naqueles 1%..."
Embora após analisar cuidadosamente, usar o bom senso e considerar fatores racionais, o lado emocional muitas vezes tem a palavra final, tornando quase impossível dissociar emoções das decisões financeiras. Essas mesmas emoções e sensações tão conhecidas de tantos momentos da vida, também moldam nossa relação com o dinheiro e influenciam as nossas ações, como por exemplo parcelar a perder de vista aquela festa de fim de ano, o camarote do carnaval, o celular novo, e começar o ano com dívidas que podem virar uma bola de neve.
Tudo isso como forma de muitas vezes, suprimir sentimentos e questões que não queremos encarar, como se o simples ato de comprar fosse preencher um vazio, como se a ideia de posse, estivesse ligada com a felicidade. Reconhecer essas influências é crucial para compreender os riscos e adotar medidas cautelares.
O equilíbrio ideal entre o emocional e o racional é uma conquista ao longo da vida, muitas vezes iniciada na infância com a imposição de limites pelos pais.
O "não" muitas vezes pode ser terapêutico, afinal, ter a negativa de alcançar aquilo almejado, pode ajudar a controlar os impulsos, ensinar a lhe dar com frustações e estabelecer novas formas de pensar e agir. Cada pessoa encontra seu equilíbrio por meio de esforço, foco, autoconhecimento e superação das frustrações. Em uma sociedade que promove o prazer imediato, é essencial estabelecer metas claras em relação ao dinheiro e resistir ao consumismo impulsivo.
É claro que privar-se constantemente não é a única maneira de viver, e encontrar prazer com baixo custo ou gratuitamente é uma estratégia válida. O autoconhecimento é fundamental para alinhar desejos ao orçamento, ressignificar o gasto pode evitar endividar-se e cair na inadimplência. Em tempos de crise, viver com restrições pode fortalecer a autoconfiança e revelar soluções criativas para o desenvolvimento profissional e financeiro.
As reflexões sobre dinheiro espelham nossa postura, decisões e pensamentos, influenciando nosso bem estar. Precisamos aprender que ter dinheiro ou ser rico, como queira chamar, deve significar a conquista de um qualidade de vida, não pelo que podemos comprar e, sim, por tudo o que poderemos desfrutar.
Além disso, ter ambição é bom, se buscamos alcançar sempre mais, só que sem esquecer de onde partimos, onde percorremos, e principalmente não esquecermos de reconhecer nossas conquistas, para assim não permitir que a ambição se torne ganância. Estabelecer normas individuais, compartilhar metas com pessoas de confiança e adotar regras gerais, como não gastar mais do que se ganha, são estratégias para manter o equilíbrio financeiro.
Em relação às liquidações, é importante estabelecer limites de gastos e planejar as compras para evitar decisões impulsivas. O impacto do marketing digital e das propagandas massivas podem ser minimizado ao criar regras sobre compras necessárias e para alimentar o ego.
A reflexão sobre as escolhas financeiras, considerando tanto o intelecto quanto as emoções, é essencial para alcançar o sucesso sem comprometer a qualidade de vida. Evitar decisões financeiras durante períodos de tristeza ou cansaço é crucial, permitindo uma análise mais objetiva das escolhas e evitando comportamentos que causem prejuízos à qualidade de vida, e que com certeza pode trazer uma grande dor de cabeça. Portanto, equilibre suas finanças e repense seus gastos.
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